Oly Jr.
FolkRockMilongaBlues

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

"Festival na Área"

Quem puder ir e quem tiver lá em Santa Maria, tá na mão a chamada pra um baita evento com iniciativa da Itapema FM - Rock And Blues...

Vai o link aí, pra todo mundo se interar!!!



Vem aí o 1° Rock And Blues Festival




Até...

segunda-feira, 28 de junho de 2010







"As idéias estão no ar..."

Esses tempos eu fiz um showzito na Livraria Cultura, que tinha como tema a "Milonga Blues"(conceito musical que "criei" e que dá nome ao meu último disco).

Entre uma música e outra, eu ia dando umas "pinceladas verbais", a respeito de tal conceito, falando de artistas que me influenciaram e como se dá em termos musicais e filosóficos, a mistural da milonga gaúcha com o blues americano.

Bom, no final do show, fiquei por ali confraternizando com o pessoal que foi prestigiar meu trabalho. E eis que, um cara chamado Ludwig Larré, de Santa Maria, me abordou e rapidamente me dizendo que tinha gostado do show e que foi lá só pra ver como era ao vivo e na prática, o conceito "Milonga Blues", pois ele tinha feito uma relação entre o rock 'n' roll e a música nativa do Rio Grande do Sul, há mais ou menos uns cinco anos atrás. E achou interessante essa coincidência do meu ponto de vista ter a ver com o dele.

O fato é que ele fez uma crônica sobre a tal relação, que saiu num jornal chamado "A Razão", de Santa Maria, e que uns dias depois ele me mandou por e-mail.

Li a crônica e achei muito tri. Me fez acreditar mais ainda que as idéias estão no ar.
Nunca tive a pretenção de inventar um estilo musical, mas modestamente, tive a felicidade de captar no ar, uma idéia que estava pedindo para ser concretizada. Acredito que muitas pessoas já devem ter pensado na relação musical entre a música sulista brasileira e a música norte-america. Coube a mim, a façanha de misturar a milonga gaúcha com o blues. Assim como a banda Os Almôndegas misturou o folk daqui com o folk de lá. E creio que outros já devam ter feito suas misturas por aí a fora.

O que o Ludwig Larré percebeu e sentiu, foi o mesmo que eu e de outros tantos gaúchos que amam sua terra e que gostam de arte. Não importa de onde venha. O fato é que tudo na arte se relaciona. E na música não é diferente.

Quando relacionamos alguns tipos de manifestações musicais com outras que, em princípio, são diferentes, e mesmo assim achamos similaridades, é porque nos desprendemos de preconceitos enraizados pela sociedade e tentamos enxergar nos mais diversos contextos musicais, a beleza de seus conceitos históricos e melódicos.
E é assim que nasce um devaneio artístico.

Abaixo a tal crônica:


Rock 'n' Roll com Chimarrão

Leio acordes de "Rock & Roll", o livro do amigo Márcio Grings. A poesia do cara mescla riffs de oportunas soluções melódicas com o groove de pegadas viscerais. Verdadeiros murros poéticos, disparados com a sutileza dos punhos pequenos e certeiros de Henry Chinaski, o alter ego de Charles Bukowski. Nos textos em prosa, Grings embarca clandestino num vagão de carga de um trem sem rumo, com Neal Cassady e Jack Kerouac, e mostra que o beatnik tupiniquim é possível. Está instituída a literatura beatniquim. De quê importa o destino desse trem? "I know, It's only rock and roll, but I like it".

Atitude rock and roll o cara tem de sobra. E eu fico conjeturando o porquê dessa atitude nos envolver tanto enquanto tomo meu chimarrão e escuto um vinil do Clapton com Os Yardbirds. Há uma afinidade de identidades culturais entre o nosso regionalismo e o rock 'n' roll. Gaúchos e Cowboys. Pioneiros, desbravadores, centauros guerreiros. Nossos ancestrais também dizimaram peles vermelhas, antes de se proclamarem donos dessas terras. Lembra disso, cara pálida?

Nossas semelhanças culturais e musicais não param por aí. Repare na coincidência atávica das temáticas da raiz do rock e de nossa música nativa. Compare a simpliciadade melódica dos trê acordes básicos. Acelere a batida de um xote e veja se não dá rock 'n' roll. Costumo fazer essa brincadeira e, pervertendo a Geografia, faço o Rio Uruguai desaguar no Mississippi, ou vice-versa. Transformo "Pára Pedro" em hard rock e "Hotel Califórnia" em milonga.

Uma pesquisa da indústria fonográfica - em função da vendagem do gênero - classificou o Rio Grande do Sul como o estado mais rqueiro do Brasil. Este meu devaneio talvez explique o porquê da nossa identificação inconsciente. No universo imagético - para prestigiar a expressão tão adorada pelos teóricos da comunicação -, confira as semelhanças entre os comerciais de Marlboro e uma cena de campereada numa estância de fronteira. Diga se não há certa atitude rock 'n' roll em um gaudério, de chapéu tapeado, bombeando horizontes de pampa e coxilha com um cigarro de palha no canto da boca.

Bravura, irreverência e liberdade são o que sempre cantaram Noel Guarany, Neil Young, Jayme Caetano Braun, Bob Dylan e outros tantos, de lá e de cá. Existe algo mais blues do "Negro da Gaita"? "E o negro, piá solitário, tal como pedra rolou". Isto é, literalmente, "like a rolling stone", expressão difundida pelo bom e velho McKinley Morganfield - Muddy Waters para os não íntimos - por volta dos anos 50, que depois batizou a banda do Mick, do Keith, do Billy e do Charlie, além de render o hit do Dylan.

E as afinidades vão muito além. Há apelo mais teatino do que "Born to be Wild"? E a vocação jazzística do chamamé? Aumenta que isso aí é rock 'n' roll, tchê! E dá-lhê gaita, Márcio Grings.


segunda-feira, 31 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"100 % de Aproveitamento..."







Deusolivre!!!

Tive o prazer de ter sido agraciado com 3 troféus do Prêmios Açorianos de Música 2009/2010.
Fui indicado nas categorias Compositor, Intérprete e Disco do gênero Blues/Jazz e ganhei nas três indicações... 100% de aproveitamento no certame!!!
Fiquei muito feliz!! Ainda mais concorrendo com verdadeiras feras como Ale Ravanello, Daniel Rosa e Conjunto Bluegrass Portoalegrense.
Parabéns à todos os indicados e aos vencedores do Prêmio Açorianos de Música.
É, esse disco "Milonga Blues" me rendeu frutos... aliás, bons frutos!!!
Por ter repercutido bastante, em função do disco e da idéia em si, estou pensando em fazer uma espécie de ensaio sobre Milonga Blues!! Um lance teórico e explicativo sobre a prática da coisa!
Acho que vai ser interessante escrever sobre como se deu essa idéia de misturar a milonga gaúcha e o blues americano. Aproveitando pra dar uma pincelada sobre os dois estilos, seus representantes e principalmente o que eu penso e como eu relaciono esses gêneros musicais.
Não vai ser fácil, mas vou tentar!!!

Agradeço especialmente minha querida, exuberante e talentosa esposa, que incentivou e apoiou incondicionalmente essa loucura.
Aproveito pra agradecer todos os envolvidos na produção e execução do disco "Milonga Blues".
O Otávio Moura do estúdio Musitek, Jonas Pereira que fez a capa e o encarte do disco, os Tocaios Jaques Trajano e Jacques Jardim, e Rafael Jardim que tocou baixo em duas canções.
Agradeço ao Bebeto Alves por ter me iniciado na milonga gaúcha com exelentes obras musicais e me incentivado com palavras e gestos nessa empreitada.
Várias pessoas do meio artístico e jornalístico me incentivaram bastante, dando toques e divulgando meu trabalho pelo simples fato de terem apreciado essa criação. Pessoas como: Juarez Fonseca, Arthur de Faria, Daniel Soares, Roger Lerina, Márcio Paz, Eron Dalmolin, Claudio Cunha, Vitor Ramil, Frank Jorge, Julio Reny, Solon Fishbone, Mutuca e seu Hot Club, Jimi Joe... o pessoal da Confraria do Blues-RS, David do estúdio Believe, pessoal do Mississippi Delta Blues Bar de Caxias do Sul em especial o Toyo, Zé Maria do Vermelho 23, o pessoal do Abbey Road de Novo Hamburgo, equipe do Radar-TVE, Carlinhos da Zoom-RS, Rogério da Toca do Disco, Emilio Chagas, Nei Duclós, entre outros.
É sempre complicado citar nomes, pois podemos esquecer alguém e coisa e tal, mas sintam-se homenageados e agradecidos, todos aqueles que acreditaram na "Milonga Blues".
E "vamo que vamo" gurizada...
Até...

segunda-feira, 22 de março de 2010


"Prêmio Açorianos de Música 2009"



Bah... fiquei tri feliz (literalmente) de ter recebido três indicações ao Prêmio Açorianos de Música 2009, nas Categorias: Compositor, Intérprete e Disco do Gênero Blues/Jazz, com o disco "Milonga Blues".

Bacana!!

Tô colhendo os frutos de um plantio suado!!

Só as indicações já tão valendo!! Se ganhar um troféuzito, então... deusolivre!!

Sempre acreditei que esse disco (Milonga Blues), essa concepção, essa luz que me foi enviada, me traria bons fluídos e um reconhecimento justo!!!

Mas também, sou grato pela força e inspiração de muita gente que me rodeia.

A lista completa está disponível no site www.portoalegre.rs.gov.br/cultura.


Até...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010




"Peleia"...

Buenas!!

Se instalou uma polêmica desde o dia 25 de janeiro de 2010 envolvendo o músico/compositor Nei Lisboa e os defensores do Movimento Tradicionalista. Podem procurar no Google se quiserem ou acharem que vale a pena se interar do assunto.

Achei interessante a discussão (essa discussão não é nova e não vai parar por aqui) e resolvi escrever meu ponto de vista e me pronunciar sobre o assunto. Como um exercício comigo mesmo a respeito dos conceitos e preconceitos que estão incorporados na minha corrente sanguinea.
Manifesto tardio, pois tava na praia e ainda tô sem internet em casa, mas tô voltando ao mundo.

Bom, o fato é que o Nei fez um infeliz comentário pessoal sobre a música tradicionalista e especificamente a música de Teixeirinha.

Bah, mexeu em vespeiro (como se diz por aí)!! É um direito dele e é um direito daqueles que são contra, se pronunciarem também.

Já eu, concordo em partes com o pensamento do Nei e também acho que ele exagerou, e foi um pouco deselegante com a música de Teixeirinha, dizendo que era ruim, estética, ideológica e musicalmente. É uma visão pessoal, nada mais! E eu respeito!! E desde já, vamos deixar claro que é uma discussão ideológica, musicalmente falando. Pelo menos é pra ser! Só que alguns elevaram a polêmica num âmbito pessoal e preconceituosa.

Na real, os principais envolvidos, Nei Lisboa, César Oliveira, João de Almeida Neto e Giovani Grizotti, foram no mínimo instintivos nos seus pronunciamentos e se esqueceram de uma coisa importante, a condição artística da coisa!!

Eu particularmente concordo com o Nei quando ele diz que: "a música tradicionalista não o representa". E eu vou mais fundo. A música tradicionalista não representa o povo que nasceu e/ou mora no Rio Grande do Sul. Pelo menos nos últimos tempos.
É só ver o que se produz de música no estado. Nos guetos, nos bairros boêmios, burgueses, no interior do estado, nas regiões metropolitanas e etc.
É matemático!! Mas a música tradicionalisa representa uma parte da nossa sociedade que devemos respeitar e apoiar.
Todo mundo sabe que estamos num mundo globalizado e não cabe aqui discutirmos se é bom ou ruim! O fato é que muito dos estereótipos regionais já caíram por terra a muito tempo.
Então não podemos dizer piamente que um determinado contexto musical representa uma região ou que ele é ruim.

Devemos sim, cultivar fatores histórico e encara-los com o devido respeito, como fator histórico que é.
Por isso penso que o Movimeto Tradicionalista deve ser cultivado como uma forma de proteção a história do Rio Grande do Sul. O que não quer dizer que represente os costumes atuais do povo gaúcho. O próprio nome já diz: MOVIMENTO Tradicionalista. E um Movimento, até onde eu sei, baseia-se basicamente por dois fatores: pela natureza da classe social que emergem e pelo seu caráter de luta – transformador (reformista, reacionário, revolucionário) ou conservador.

No contexto musical, a coisa se torna mais abrangente.
A música muito mais que manifestação artística de uma região, é uma manifestação pessoal!
Não se aplica a meros fatores regionais.
O artista compõe a sua arte levando em consideração seu estado de espírito, vivência, sonhos, aptidão, gosto, política, acontecimentos, escola musical e infinitas influências.

Não venham me dizer que eu não faço música gaúcha e com aquele papo furado de que quem não faz música tradicionalista não dá valor a sua origem e blá blá blá...
E também não venham me dizer que a música tradicionalista é arcaica e não se renova, que é ruim e pobre, que é intragável...
Quando se generaliza uma coisa a tendência é não formar conceito e sim desmoraliza-los.

Vamos se respeitar gurizada!!

Dá pena de ver o César Oliveira, baita artista por sinal, fazendo um discurso contra o preconceito com a música que exalta a tradição gaúcha e dizendo que "artistas de grande cunho intelectual, se assemelham-se a “morcegos”, pois somente os encontramos à noite circunscritos a uma área restrita em bairros tradicionalmente boêmios de nossa capital".
Preconceito é pouco.
Dá pena o João de Almeida Neto e o Giovani Grizotti tentando menosprezar a condição artística do Nei Lisboa assim como ele o fez a Teixeirinha. Tudo isso numa linha tênue entre o insulto e o "tapa de luva".
Pior que isso são as manifestações no blog "Roda de Chimarrão" e no site da Zero Hora, misturando todo os tipos de sentimentos, desde o bairrismo à falta de informação com a cultura gaúcha.

Eu não sou o dono da verdade, não me considero intelectual no assunto histórico e tão pouco músico acadêmico a ponto de discutir os aspectos teóricos das canções nativas e populares.
Mas tive o privilégio de nascer em Porto Alegre, filho de um pai de Uruguaiana, mãe de Canoas.
Tive a felicidade de ter Barbosa Lessa em minha casa e ouvir dele aspectos históricos do nosso estado.
Tive a oportunidade de escutar uma infinidades de artistas e músicas de todas as partes do mundo.
Aprendi a tocar violão tendo o blues americano como ponto de partida.
Cresci ouvindo de Bebeto Alves à Rolling Stones, de Bob Dylan à Jayme Caetano, de Almôndegas à Beatles, de Nei Lisboa à Caetano Veloso, de Garotos da Rua à Barão Vermelho, de Julio Reny à Muddy Waters, de Lupicínio à Bezerra da Silva, de Elis Regina à Mercedez Sosa, de Vitor Ramil à León Gieco...
Gosto de chimarrão, coca-cola, cerveja, whiskey, como churrasco, massa, cuca, pizza, uso alpargata, tênis, bota, chapéu, boné, calça jeans, lenço, ando a cavalo, ando de bicicleta, de carro, de ônibus, fui escoteiro, sei manusear um facão, uma caneta, fiz artes marciais, vejo filmes americanos e outros também, sei falar com educação e se for pra falar grosso também sei, entendo alguma coisa de inglês mas falo muito pouco, me saio melhor no espanhol, conheço várias culturas, uso a internet e o microondas e por aí vai...

Nenhum gaudério metido a grosso e nenhum espertinho cosmopolita vai tirar minha condição de gaúcho/brasileiro nascido na segunda metade do século 20 e presenciando a virada para o século 21.

E praqueles que se limitam na sua condição artística, aí vai um recado:

A MÚSICA TRANSCENDE A GEOGRAFIA.

O importante não é onde se faz e como se faz.
O que faz da condição artística um fator importante, é como ela interfere na sociedade como um todo!

Até...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


"Ir ou não ir... eis a questão!"

Eu criei esse blog mais pra falar sobre música.
Aliás, esse ano vou tentar manter uma rotina de publicação de postagens.
Eu gosto de escrever, mas sempre deixo pra depois e se vai o mês...
Mas vamos lá!!!

O que eu gostaria de dizer é que eu fiz esse blog pra me expressar culturalmente, artisticamente falando e que a música seria o ponto de partida. Mas como eu gosto e respeito muitas outras manifestações artísticas, resolvi falar sobre um fato que eu presenciei no cenário teatral.

Bom, como minha esposa é atriz e inevitavelmente eu fico a par de algumas coisas, como epetáculos em cartaz, atrizes e atores que estão encenando determinadas peças, quem são os figurões e as promessas, o lado bom e o lado negro da coisa, a plenitude e a burocracia... e por aí vai.

O fato é que eu me deparei com uma critíca teatral que me caiu o queixo. Eu já tô acostumado a ler e ouvir tudo quanto é tipo de crítica, pois estou no cenário cultural há mais de 10 anos e por isso eu tenho um conceito sobre isso. Mas antes de expressar meu conceito, relato o acontecido sem citar nomes, porque afinal, eu quero falar sobre o tal conceito e o fato em si é somente um exemplo bom pra isso.

Aconteceu que um cidadão metido a crítico teatral, falou em uma de suas críticas, que as pessoas não deveriam ver uma determinada peça de teatro.
Isso me causou revolta tremenda e confirmou ainda mais o que eu penso sobre as críticas culturais.
Eu só não postei comentários no blog desse cidadão, porque é isso que essas pessoas que se metem a criticar, querem. Chamar a atenção. Só isso.
Porque quando tu chega ao ponto de ofender, difamar ou dizer pras pessoas não se darem ao trabalho de ver ou ouvir determinada manifestação artística, é sinal de que tu não quer pensar e tão pouco refletir sobre o acontecimento de maneira social. Apenas pessoal.

Então, se uma crítica é pessoal, ela automaticamente se reduz a um simples ponto de vista.
Quando uma crítica é construtiva, leva-se em consideração fatores históricos, sociais e temporais, propondo ao leitor ou ao ouvinte, buscar o conhecimento para assim, formar uma cadeia conceitual.

O termo "crítica" provém do grego "crinein", que significa "separar", "julgar".
Somos criticos vorazes. Julgamos tudo e todos. É um ato natural do ser humano.
E a gente sabe que existem várias coisas pra se criticar dentro da sociedade e da condição humana. É um direito de todos. Cada área é uma área e vamos se ater no sentido cultural.

Ao meu ver, a crítica cultural serve para instigar o cidadão a usufruir da cultura de sua região ou propor o conhecimento de outras culturas. Participar, interagir, sentir e tentar entender certas manifestações artísticas. Ou seja, pra ti formar uma opinião é preciso conhecer o que tu se propõe a opinar. E o mais importate: deixar e propor às pessoas que formem suas próprias opiniões. Para tornar nossa sociedade mais democrática e civilizada.
É como se fosse um exercício. E tão ou mais que nós cidadãos, é um execício que qualquer crítico ou pessoa que tenha acesso à comunicação em massa deve fazer.
Um "crítico" dizendo pras pessoas não terem esse conhecimento é o processo inverso.
Tu se dar ao luxo de ver uma peça de teatro e não gostar é uma coisa. Tu ver, não gostar e instigar as pessoas a não verem, é no mínimo um ato preconceituoso, manipulador e com tendência xiita ou caudilhista.

É claro que existem pessoas formadas em suas faculdades artísticas, na qual, eu penso que estudaram vários tipos de manifestações que os tornam aptos a conceituar uma criação.
Mas, ainda assim, penso que o ato de criticar é uma função muito mais filosófica.
Portanto defendo a tese de que a pessoa mais próxima de uma crítica convincente a uma criação artística seria um filósofo. E mesmo assim, com toda a cordialidade e respeito que um autor merece.
Temos que aprimorar mais a difícil arte de nos colocar no lugar do outro.

O teatro, seja ele como for, goste você ou não, ainda é o reflexo de uma civilização.
Nele vamos poder nos ver, como num espelho;
Nele vamos ver refletidas as esperanças de um povo;
Nossos sonhos e temores;
Expressa e nos faz expressar raiva, riso, angústia, alegria. Ou seja, mexe com nossos sentidos.

Então, vá ao teatro!
Veja qualquer peça e forme sua opinião.
Não deixe nenhum manipulador barato desmotivar teu direito de cidadão de usufruir das artes de sua comunidade.
Pois a arte uni o físico com o espiritual e ajuda no seu desenvolvimento pessoal.
É apenas a minha humilde opinião.

Até...