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segunda-feira, 22 de novembro de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Quem puder ir e quem tiver lá em Santa Maria, tá na mão a chamada pra um baita evento com iniciativa da Itapema FM - Rock And Blues...
Vai o link aí, pra todo mundo se interar!!!
Vem aí o 1° Rock And Blues Festival
Até...
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Atitude rock and roll o cara tem de sobra. E eu fico conjeturando o porquê dessa atitude nos envolver tanto enquanto tomo meu chimarrão e escuto um vinil do Clapton com Os Yardbirds. Há uma afinidade de identidades culturais entre o nosso regionalismo e o rock 'n' roll. Gaúchos e Cowboys. Pioneiros, desbravadores, centauros guerreiros. Nossos ancestrais também dizimaram peles vermelhas, antes de se proclamarem donos dessas terras. Lembra disso, cara pálida?
Nossas semelhanças culturais e musicais não param por aí. Repare na coincidência atávica das temáticas da raiz do rock e de nossa música nativa. Compare a simpliciadade melódica dos trê acordes básicos. Acelere a batida de um xote e veja se não dá rock 'n' roll. Costumo fazer essa brincadeira e, pervertendo a Geografia, faço o Rio Uruguai desaguar no Mississippi, ou vice-versa. Transformo "Pára Pedro" em hard rock e "Hotel Califórnia" em milonga.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
"100 % de Aproveitamento..."
segunda-feira, 22 de março de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Buenas!!
Se instalou uma polêmica desde o dia 25 de janeiro de 2010 envolvendo o músico/compositor Nei Lisboa e os defensores do Movimento Tradicionalista. Podem procurar no Google se quiserem ou acharem que vale a pena se interar do assunto.
Achei interessante a discussão (essa discussão não é nova e não vai parar por aqui) e resolvi escrever meu ponto de vista e me pronunciar sobre o assunto. Como um exercício comigo mesmo a respeito dos conceitos e preconceitos que estão incorporados na minha corrente sanguinea.
Bom, o fato é que o Nei fez um infeliz comentário pessoal sobre a música tradicionalista e especificamente a música de Teixeirinha.
Bah, mexeu em vespeiro (como se diz por aí)!! É um direito dele e é um direito daqueles que são contra, se pronunciarem também.
Já eu, concordo em partes com o pensamento do Nei e também acho que ele exagerou, e foi um pouco deselegante com a música de Teixeirinha, dizendo que era ruim, estética, ideológica e musicalmente. É uma visão pessoal, nada mais! E eu respeito!! E desde já, vamos deixar claro que é uma discussão ideológica, musicalmente falando. Pelo menos é pra ser! Só que alguns elevaram a polêmica num âmbito pessoal e preconceituosa.
Na real, os principais envolvidos, Nei Lisboa, César Oliveira, João de Almeida Neto e Giovani Grizotti, foram no mínimo instintivos nos seus pronunciamentos e se esqueceram de uma coisa importante, a condição artística da coisa!!
Eu particularmente concordo com o Nei quando ele diz que: "a música tradicionalista não o representa". E eu vou mais fundo. A música tradicionalista não representa o povo que nasceu e/ou mora no Rio Grande do Sul. Pelo menos nos últimos tempos.
É só ver o que se produz de música no estado. Nos guetos, nos bairros boêmios, burgueses, no interior do estado, nas regiões metropolitanas e etc.
É matemático!! Mas a música tradicionalisa representa uma parte da nossa sociedade que devemos respeitar e apoiar.
Todo mundo sabe que estamos num mundo globalizado e não cabe aqui discutirmos se é bom ou ruim! O fato é que muito dos estereótipos regionais já caíram por terra a muito tempo.
Então não podemos dizer piamente que um determinado contexto musical representa uma região ou que ele é ruim.
Devemos sim, cultivar fatores histórico e encara-los com o devido respeito, como fator histórico que é.
Por isso penso que o Movimeto Tradicionalista deve ser cultivado como uma forma de proteção a história do Rio Grande do Sul. O que não quer dizer que represente os costumes atuais do povo gaúcho. O próprio nome já diz: MOVIMENTO Tradicionalista. E um Movimento, até onde eu sei, baseia-se basicamente por dois fatores: pela natureza da classe social que emergem e pelo seu caráter de luta – transformador (reformista, reacionário, revolucionário) ou conservador.
No contexto musical, a coisa se torna mais abrangente.
A música muito mais que manifestação artística de uma região, é uma manifestação pessoal!
Não se aplica a meros fatores regionais.
O artista compõe a sua arte levando em consideração seu estado de espírito, vivência, sonhos, aptidão, gosto, política, acontecimentos, escola musical e infinitas influências.
Não venham me dizer que eu não faço música gaúcha e com aquele papo furado de que quem não faz música tradicionalista não dá valor a sua origem e blá blá blá...
E também não venham me dizer que a música tradicionalista é arcaica e não se renova, que é ruim e pobre, que é intragável...
Vamos se respeitar gurizada!!
Dá pena de ver o César Oliveira, baita artista por sinal, fazendo um discurso contra o preconceito com a música que exalta a tradição gaúcha e dizendo que "artistas de grande cunho intelectual, se assemelham-se a “morcegos”, pois somente os encontramos à noite circunscritos a uma área restrita em bairros tradicionalmente boêmios de nossa capital".
Preconceito é pouco.
Dá pena o João de Almeida Neto e o Giovani Grizotti tentando menosprezar a condição artística do Nei Lisboa assim como ele o fez a Teixeirinha. Tudo isso numa linha tênue entre o insulto e o "tapa de luva".
Pior que isso são as manifestações no blog "Roda de Chimarrão" e no site da Zero Hora, misturando todo os tipos de sentimentos, desde o bairrismo à falta de informação com a cultura gaúcha.
Eu não sou o dono da verdade, não me considero intelectual no assunto histórico e tão pouco músico acadêmico a ponto de discutir os aspectos teóricos das canções nativas e populares.
Mas tive o privilégio de nascer em Porto Alegre, filho de um pai de Uruguaiana, mãe de Canoas.
Tive a felicidade de ter Barbosa Lessa em minha casa e ouvir dele aspectos históricos do nosso estado.
Tive a oportunidade de escutar uma infinidades de artistas e músicas de todas as partes do mundo.
Aprendi a tocar violão tendo o blues americano como ponto de partida.
Cresci ouvindo de Bebeto Alves à Rolling Stones, de Bob Dylan à Jayme Caetano, de Almôndegas à Beatles, de Nei Lisboa à Caetano Veloso, de Garotos da Rua à Barão Vermelho, de Julio Reny à Muddy Waters, de Lupicínio à Bezerra da Silva, de Elis Regina à Mercedez Sosa, de Vitor Ramil à León Gieco...
Gosto de chimarrão, coca-cola, cerveja, whiskey, como churrasco, massa, cuca, pizza, uso alpargata, tênis, bota, chapéu, boné, calça jeans, lenço, ando a cavalo, ando de bicicleta, de carro, de ônibus, fui escoteiro, sei manusear um facão, uma caneta, fiz artes marciais, vejo filmes americanos e outros também, sei falar com educação e se for pra falar grosso também sei, entendo alguma coisa de inglês mas falo muito pouco, me saio melhor no espanhol, conheço várias culturas, uso a internet e o microondas e por aí vai...
Nenhum gaudério metido a grosso e nenhum espertinho cosmopolita vai tirar minha condição de gaúcho/brasileiro nascido na segunda metade do século 20 e presenciando a virada para o século 21.
E praqueles que se limitam na sua condição artística, aí vai um recado:
A MÚSICA TRANSCENDE A GEOGRAFIA.
O importante não é onde se faz e como se faz.
O que faz da condição artística um fator importante, é como ela interfere na sociedade como um todo!
Até...
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Eu criei esse blog mais pra falar sobre música.
Aliás, esse ano vou tentar manter uma rotina de publicação de postagens.
Eu gosto de escrever, mas sempre deixo pra depois e se vai o mês...
Mas vamos lá!!!
O que eu gostaria de dizer é que eu fiz esse blog pra me expressar culturalmente, artisticamente falando e que a música seria o ponto de partida. Mas como eu gosto e respeito muitas outras manifestações artísticas, resolvi falar sobre um fato que eu presenciei no cenário teatral.
Bom, como minha esposa é atriz e inevitavelmente eu fico a par de algumas coisas, como epetáculos em cartaz, atrizes e atores que estão encenando determinadas peças, quem são os figurões e as promessas, o lado bom e o lado negro da coisa, a plenitude e a burocracia... e por aí vai.
O fato é que eu me deparei com uma critíca teatral que me caiu o queixo. Eu já tô acostumado a ler e ouvir tudo quanto é tipo de crítica, pois estou no cenário cultural há mais de 10 anos e por isso eu tenho um conceito sobre isso. Mas antes de expressar meu conceito, relato o acontecido sem citar nomes, porque afinal, eu quero falar sobre o tal conceito e o fato em si é somente um exemplo bom pra isso.
Aconteceu que um cidadão metido a crítico teatral, falou em uma de suas críticas, que as pessoas não deveriam ver uma determinada peça de teatro.
Isso me causou revolta tremenda e confirmou ainda mais o que eu penso sobre as críticas culturais.
Eu só não postei comentários no blog desse cidadão, porque é isso que essas pessoas que se metem a criticar, querem. Chamar a atenção. Só isso.
Porque quando tu chega ao ponto de ofender, difamar ou dizer pras pessoas não se darem ao trabalho de ver ou ouvir determinada manifestação artística, é sinal de que tu não quer pensar e tão pouco refletir sobre o acontecimento de maneira social. Apenas pessoal.
Então, se uma crítica é pessoal, ela automaticamente se reduz a um simples ponto de vista.
Quando uma crítica é construtiva, leva-se em consideração fatores históricos, sociais e temporais, propondo ao leitor ou ao ouvinte, buscar o conhecimento para assim, formar uma cadeia conceitual.
O termo "crítica" provém do grego "crinein", que significa "separar", "julgar".
Somos criticos vorazes. Julgamos tudo e todos. É um ato natural do ser humano.
E a gente sabe que existem várias coisas pra se criticar dentro da sociedade e da condição humana. É um direito de todos. Cada área é uma área e vamos se ater no sentido cultural.
Ao meu ver, a crítica cultural serve para instigar o cidadão a usufruir da cultura de sua região ou propor o conhecimento de outras culturas. Participar, interagir, sentir e tentar entender certas manifestações artísticas. Ou seja, pra ti formar uma opinião é preciso conhecer o que tu se propõe a opinar. E o mais importate: deixar e propor às pessoas que formem suas próprias opiniões. Para tornar nossa sociedade mais democrática e civilizada.
É como se fosse um exercício. E tão ou mais que nós cidadãos, é um execício que qualquer crítico ou pessoa que tenha acesso à comunicação em massa deve fazer.
Um "crítico" dizendo pras pessoas não terem esse conhecimento é o processo inverso.
Tu se dar ao luxo de ver uma peça de teatro e não gostar é uma coisa. Tu ver, não gostar e instigar as pessoas a não verem, é no mínimo um ato preconceituoso, manipulador e com tendência xiita ou caudilhista.
É claro que existem pessoas formadas em suas faculdades artísticas, na qual, eu penso que estudaram vários tipos de manifestações que os tornam aptos a conceituar uma criação.
Mas, ainda assim, penso que o ato de criticar é uma função muito mais filosófica.
Portanto defendo a tese de que a pessoa mais próxima de uma crítica convincente a uma criação artística seria um filósofo. E mesmo assim, com toda a cordialidade e respeito que um autor merece.
Temos que aprimorar mais a difícil arte de nos colocar no lugar do outro.
O teatro, seja ele como for, goste você ou não, ainda é o reflexo de uma civilização.
Nele vamos poder nos ver, como num espelho;
Nele vamos ver refletidas as esperanças de um povo;
Nossos sonhos e temores;
Expressa e nos faz expressar raiva, riso, angústia, alegria. Ou seja, mexe com nossos sentidos.
Então, vá ao teatro!
Veja qualquer peça e forme sua opinião.
Não deixe nenhum manipulador barato desmotivar teu direito de cidadão de usufruir das artes de sua comunidade.
Pois a arte uni o físico com o espiritual e ajuda no seu desenvolvimento pessoal.
É apenas a minha humilde opinião.
Até...